quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Querido Papai Noel

Como vai? Muito apertado com tantos presentes a entregar? Bom, sei que estou atrasada. Mas ainda é tempo de fazer o meu pedido. Nesse natal, meu pedido será um pouco diferente. Hoje, eu quero apenas agradecer. Pela sorte, pela saúde, pelo amor, pelas grandes amizades, pelo carinho, enfim, pelo ótimo ano que foi 2010 para mim. Consegui subir os primeiros degraus, encontrei amigos sinceros e eternos, conheci pessoas especiais, reencontrei meu grande amor e tive momentos inesquecíveis. Aprendi muitas coisas, dia após dia. Me orgulhei de mim, do meu trabalho, do meu esforço. Fui reconhecida pela minha família e pelos meus amigos. Estive em paz. Coloquei a cabeça no travesseiro e me senti tranquila. Estou MUITO feliz! Por isso, não me vejo no direito de pedir nada, já que tenho muito o que agradecer. Então, hoje, querido Papai Noel, deixo nessa carta um abraço e apenas...


MUITO OBRIGADA!

Que seu Natal seja especial e que os sonhos sejam sempre realizados.

Um beijo,

C.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Encontros e Despedidas"

"e assim chegar e partir
são só dois lados da mesma viagem"
Milton Nascimento
faz pouco tempo que eu cheguei. mas nem preciso dizer que o tempo, ah, o tempo, sempre ele, parece ser muito maior. um amor que já existia, que veio não sei de onde e foi cresecendo, se instalou em mim quando vim de malas prontas pra cá. eu cheguei aflita, com os olhos brilhando e subi essas montanhas procurando liberdade. e encontrei, por todos os lados. eu fui espalhando meus sonhos por todas as ruas, becos e ladeiras que percorri. eu encontrei carinho. eu encontrei alegria. eu arranjei motivos pra manter meu coração batendo, descompassado, às vezes acelerado e às vezes tranquilo. eu tinha a vida saltando aos olhos.
eu me perdi entre tanta gente. me confundi em algumas paixões. conheci amigos que já eram irmãos, eu sei. eu sinto. eu senti aquele nó na garganta. aquele, que só eu sei o quanto significa. eu amei, eu chorei, eu gargalhei, eu rolei, eu me entreguei.
eu fiz família. plantei sementes de amor no quintal de uma casa que eu sei, será minha pra sempre. eu quis ficar, sempre tive medo de fugir. e não foi só por alegria, não foi só felicidade. e é por isso que se fortaleceu, cresceu, hoje é amor.
hoje eu tô indo embora. mas sei que ainda tenho muita coisa aqui. eu posso dar voltas pelo mundo, mas será esse sempre o meu lugar. o lugar do mundo que tem meu coração de presente. e eu volto, sei que volto. pode ser no carnaval, pra dançar e brindar felicidade. pode ser pra ficar, quem sabe?
Ouro Preto, eu te amo!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

noites de 5ª Capítulo I - O professor

"todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem"
Fernando Anitelli

- Marcela?
- Presente.
Peguei logo minha bolsa e saí da sala. O dia não tinha sido bom. Também não tinha sido ruim, mas eu tava chata. Queria logo ir pra casa, tomar um banho e me esparramar no sofá. Já tinha desistido de esperar o telefone tocar. Aquela desculpa de que a bateria acabou e "daqui a pouco te ligo" não colou mas também não fez nenhuma diferença. O mau-humor já tava no nível 8, em uma escala de 1 a 10. Com certeza chegaria ao nível 11 quando chegasse ao ponto de ônibos. Adoro fazer as pessoas me esperarem. Odeio esperar qualquer coisa que seja.
Estava eu lá, parada, impaciente esperando o maldito ônibus. Pensei em ligar. Pensei em mandar uma mensagem de cobrança. Pensei em fazer a pergunta ridícula: esqueceu de mim? A resposta eu já sabia, estava cansada de saber. Poderia até não ter esquecido. Mas naquela noite deveria haver algo mais interessante do que ver tv ao meu lado.
Eu olhava todos os carros que passavam. Em um deles, estava o professor. Achei que nem fosse me enxergar. Mas pra minha surpresa, parou e ofereceu carona. Entrei no carro e ao ouvir sua voz me arrepiei. No som um blues deixava o ambiente e ele ainda mais sexy. Como eu nunca tinha reparado nas sua mãos? Molhei os lábios quando vi ele trocando de marcha e imaginei aquelas mãos nos meus quadris.
Qual seria o problema se eu demonstrasse algum interesse? O máximo que poderia acontecer era eu tomar mais um fora. talvez até dormiria melhor, mais apagada. E na sua voz, eu já tinha reparado. Voz de cafajeste. Não seria muito provável que ele resistisse a um charme.
Ele perguntou como eu estava. Eu respondi: com calor, com sede, estressada e louca por uma cerveja gelada. Então decobrimos uma coincidência e resolvemos mudar o caminho. Paramos no primeiro bar que apareceu e lá ficamos até as 2:00.
Descobrimos detalhes incrivelmente parecidos de nossa personalidade. Exatamente às 23:48 ele me contou de sua primeira viagem à Europa. Às 00:23 começamos a falar sobre música. Quando o relógio apontava 01:36 ele me confessou ser apaixonado por mulheres de seios fartos. E indiscretamente, conferiu o meu decote. Eu não parava de olhar pro celular. Ainda restava uma esperança ingênua. Após o último gole de cerveja saímos em direção ao carro. Eu não queria ir pra casa. E foi isso que eu disse. Desliguei o celular enquanto senti sua mão apertando minha coxa. Era tarde demais...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

flerte

ele diz coisas sobre ela. demonstra interesse. sabe que ela pega o ônibus todos os dias naquele ponto. até percebe quando ela não vai.
ela, lisonjeada, acha graça no jeito dele. gosta dos seus 7 anos a mais de idade. vê um charme quase irresistível nos seus 30 anos.
as conversas rápidas e sem pretensões colam na cabeça dela, que acaba sonhando com ele.
à beira de uma paixonite sem sentido (mais uma), ela passa as tardes esperando que ele apareça e seja um pouco mais direto. atrapalhada, faz um convite sutil. em troca, recebe outro, com uma discrição quase nula das reais intenções do tal homem desconhecido que a conhece.

mas a melhor parte, é o quanto ela se diverte!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

dezesseis anos de amizade - capítulo 2

nem tudo que a gente planeja dá certo, né? ainda mais quando se começa a combinar uma coisa com uma semana de antecedência. várias coisas deram errado. mas nenhuma delas nos impediram de fazer o tãããão esperado encontro.
primeiro, a menina que ia ceder o quintal pro churrasco brigou com a irmã. daí o clima ficou ruim na casa dela e achamos melhor não ir pra lá. depois, eu tive uma cólica de rins na madrugada de sexta. estou com suspeita de cálculo renal. portanto, cerveja proibida e, consequentemente, menos besteira pra gente falar.
mas acabamos indo pra um buteco que há muito tempo não íamos e que tem um tira-gosto ótimo! lá, eu esqueci a cólica e as possíveis pedrinhas nos meus rins, encarnei a falta de juízo e tomei uns goles de Antártica Original (minha preferida).
rimos muito, contamos casos novos, relembramos os antigos e no fim da tarde descobrimos que não mudamos nada. continuamos as mesmas. com manias e jeitinhos de dezesseis anos atrás. a Eliana continua escandalosa, falante, engraçada e com aquele jeito forte, mulherão. a Natália, continua calada, às vezes crítica, um pouco irônica, inteligente, com sua personalidade forte e misteriosa. a Monique, com a mesma inocência que se mistura entre o engraçado e o encantador; compreensiva até não caber mais onde, uma alma linda, um coração sem medidas. e eu? ah, sei lá! acho que eu continuo sonhadora, boba, brincalhona e amando um tanto cada uma delas!
não ficamos só no besteirol. falamos de trabalho, de planos para o futuro. agora um pouco mais pé no chão. podemos ver em cada uma aquela ponta de maturidade da qual sempre falo por aqui. uma disputando com a outra, discretamente, qual será a primeira a se casar.
segredos rolaram suavemente sobre a mesa. demonstrações de carinho. palavras de saudade. promessas sinceras de nunca mudar nada, de nunca deixar que o tempo ou a estrada nos distancie.
enfim, foi um dia especial. como sempre são os dias em que estamos próximas. mais uma data que ficará na memória de cada uma de nós. mais histórias pra contar!
infelizmente eu acabei esquecendo de levar minha câmera. tiramos algumas fotos com outra câmera, mas ainda não pude pegar.
vou ficar devendo a foto. :(
mas é claro que essa história não termina aqui...
espero que o próximo capítula seja escrito em breve!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

dezeseis anos de amizade - capítulo 1

nos conhecemos aos 7. e desde lá, na primeira série da Escola Estadual "Engenheiro Oscar Weinschenck", não nos desgrudamos. e nem mudamos muito. passamos por momentos simplesmente eternos. coisas que ficaram e daqui de dentro não saem nunca mais. o primeiro beijo, o primeiro namorado, o primeiro porre, os preimeiros erros, grandes conquistas, a faculdade, dificuldades, distância, e o mais importante: amor.
às vezes ficamos tempos sem nos falar. desencontros, essa vida agitada de todo mundo. uma pra cá, outra pra lá. mas quando bate a saudade, sabemos bem onde podemos nos encontrar. e é sempre muito especial.
Eliana, Monique e Natália. as amigas de sempre. neste sábado nos reuniremos na casa da Eliana. vai rolar um churrasquinho e eu estou super animada! prometo que na segunda-feira eu volto pra contar e vou trazer fotos.

:)

Mimo e Meme


Ganhei da Michele, do O Diário de Marin Jones.

Daí tem o meme: citar 10 coisas que amo.

São elas:

- namorar o Pablo;
- cozinhar;
- comer;
- fazer qualquer coisa com minhas amigas;
- o filme: Le Faboulex Destin d'Amélie Poulain;
- tomar cerveja e ouvir boa música com meu pai;
- me lambusar de hidratante e usar uma lingerie nova;
- comprar;
- ler e escrever em blog's;
- sentir o cheirinho da minha vó Mariquita;

É claro que existem mais muitas coisas que eu amo. Mas é por aí...

E eu tbm deixo à vontade pra quem quiser o Mimo e o Meme.

:)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

do seu jeito

I said I love you and that's forever
And this I promise from the heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.
Just the way you are - Billy Joel
na voz de Diana Krall



opções é que não me faltam. eu poderia me derreter pelo colega de sala, dedicado e atencioso. poderia me render ao fogo daquele ex-peguete bem dotado, safado, cafajeste - o tipo certo de cara errado. ou poderia me sentir segura ao lado daquele homem mais velho, já formado, bem empregado e compromissado - o genro que toda mãe sonha em ter.
poderia ter me encantado com o jeito com que ele abre a porta do carro. poderia me apaixonar devagar, dia após dia, com as mensagens recebidas no celular antes mesmo de acordar agradecendo por eu estar ao seu lado. poderia me derreter vendo sua preocupação com a saúde da minha mãe e a solidariedade com a saudade que sinto da minha vó.
mas não me peça para responder o motivo pelo qual nada disso me toca. nunca foi tão importante. eu, talvez tola, me apeguei ao seu jeito largado de ser. me acostumei a saber que você não vai me ligar todos os dias pra saber se eu cheguei bem em casa. vai me ligar quando sentir vontade e só. eu, apaixonada, aceito que você não se preocupe tanto com o meu nervosismo pré-concurso e prefira que eu não começe a chorar repentinamente. entendo que você não consegue entender esse meu lado tão frágil e exija de mim uma força que não sei mais de onde tirar.
eu tive diversas opções. variações da mesma espécia bateram na minha porta pedindo pra fazer parte da minha vida. até eu compreendo que haviam escolhas melhores a serem feitas. mas infelizmente, não se escolhe amar. não é assim. não dá pra calcular os prós e os contras. quando se dá conta, já é tarde.
esqueci todas as desvantagens e me apaixonei pelo seu jeito sossegado. pelos seus braços que me enlaçam sem deixar espaço pra mais nada. me entreguei ao convite do seu corpo na minha cama pra não fazer nada o dia inteiro além de olhar você. me rendi ao cheiro da sua roupa e quis me misturar na sua pele. quis cantar todas as canções pra você dançar ao som da sua música mesmo sem ser bailarina.
e hoje eu sei que o homem que eu amo é cheio de defeitos. mas que mesmo esses defeitos eu aprendi a amar. e que não sei mais viver sem cada um deles, pois é disso que ele é feito. e assim, eu aceito você. aceito você não gostar do Corinthians, aceito você fazer brincadeira com tudo (até com o que não deve), aceito você não ter a iniciativa que eu gostaria que tivesse, aceito ter que puxar sua orelha mesmo sabendo que você não gosta tanto, aceito saber que você não vai mudar. e quero mesmo qua não mude nunca, porque não quero nunca mais deixar de te amar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

vó Mariquita

não dá pra me explicar sem ela. nasci e cresci ao seu redor. me acostumei ao seu cheiro, ao seu jeito, ao seu sorriso, a todas as suas manias loucas, que eu detesto. sinto que essas manias e esse jeito vem passando pra minha mãe aos poucos. e morro de medo de reconhecê-las um dia em mim.
mas me reconheço em suas mãos gordinhas e enrugadas. no seu olhar triste e carente. no seu jeito leve de ver a vida. na sua esperança. na saudade. no amor incondicional que ela sente. na doçura das palavras que ela enrola e solta aos poucos, quando fala no seu primeiro e único amor.
ela anda se esquecendo das coisas. às vezes, quando conversamos durante as poucas horas de visita ela me pergunta a mesma coisa três ou quatro vezes. mas pra ela eu tenho paciência. e sei que de mim ela não esquece. ela não esconde de ninguém: eu sou a preferida. a neta que ela mais gosta, o seu xodó.
minha vó Mariquita é sem dúvida, uma das pessoas mais importantes da minha vida. e ficar longe dela assim dói demais em mim. e dói mais ainda não poder fazer nada para diminuir a distância. eu prometi pra ela que um dia a levo comigo. tenho meus planos pra isso, mas sei das dificuldades. mas prometo pra mim, que mesmo que eu não possa levá-la comigo, estarei mais perto dela.
tenho tantos planos para nós duas... quero sentir suas mãos na minha barriga, quando eu estiver esperando seu bisneto. quero levá-la pra passear na Lagoa da Pampulha. quero comprar sorvete de todos os sabores que ela pedir. quero que ela prove dos meus pratos de domingo. quero plantar junto com ela, as mudas das rosas que vão enfeitar o meu quintal. quero desfrutar por muito tempo do nosso amor de vó e neta que só a gente sabe como é.

minha vó é meu bem maior. é meu amor melhor.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

é meu!

certa vez, escrevi sobre minha acidez. talvez, aquele fosse um dos últimos momentos de minha fase verde. sim, verde, que nem fruta.
hoje, posso dizer que estou quase lá. nem verde, nem madura. amadurecendo aos poucos. sem agrotóxicos. talvez algum adubo natural, no máximo.
chego ao ponto em que olho pra trás e enxergo meus erros, meus tropeços não mais como tolices minhas. os enxergo como acontecimentos que fazem parte do meu caminho. que me levaram a chegar onde estou. e estou feliz aqui.
ainda estou fazendo escolhas. abrindo algumas portas, fechando algumas janelas. e nesse momento, a trajetória anterior é útil.
me lembro sempre do debate ferrenho na História. a briga entre os que acreditam que ela possa nos ensinar a lidar com o futuro e os que abominam essa idéia. mas isso não me vem ao caso. nem quero pensar. o que interessa é que eu aprendi sim, comigo mesma. e claro, aprendi que às vezes é bom escutar a mãe. praga de mãe pega! mas aprendi também (e acho que até ela aprendeu), que era necessário que a vida me ensinasse.
mas no fundo, sinto que esse é um momento especial. talvez por eu agora poder colocar em prática essas coisas que a gente colhe.
me sinto satisfeita com cada passo que tenho dado. me orgulho muito de minhas conquistas e entendo que elas devem significar (e significam um tanto) apenas para eu própria. o que eu consigo com meu trabalho, com meus estudos e com minha perseverança, é meu. de mais ninguém. pertence a mim o cansaço, o medo, a vontade de desistir como também me pertencem a fé, a calma, a persistência e a luta.

anotem aí: um dia eu chego lá.

essa fruta está amadurecendo. e sua amadurecência tem um sabor único. eu só quero me deliciar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

esses dias

são dias em que eu acordo na hora, mas chego atrasada. dias em que meu cabelo está sempre estranho. minha pele, nem falo nada.
dias em que o apetite é grande. imenso. comida é a palavra que não sai da minha cabeça. hoje comi de tudo: desde maçã, salada coloridinha no almoço (sem coca-cola) até cheese-bacon (com coca-cola, claro!) no jantar, passando por um chocolate Nestlé Moça, durante a novela das 6.
isso porque eu voltei pra casa planejando trocar a novela das 6 por uma corridinha no estacionamento da UFOP. é, aqui em Ouro Preto só tem morro. o único lugar pra caminhar/correr é um estacionamento médio, tipo uma praça.
o banho, foi ao som de Muse, e eu sonhando em um dia cantar assim numa banda de rock. calçar botas pretas de couro, um vestido coladinho no corpo e uma voz rouca gritando: give me your heart and your soul. entre olhares de poder pro baixista e jogadas de cabelo estratégicas pra chamar a atenção do vocalista/guitarrista. detalhe: eu cantaria mascarada, pra ninguém saber que era eu. não, não tenho fantasias sexuais. mas coleciono todos os outros tipos de fantasias que possam existir.
esses dias a minha cabeça não pára. penso na rotina, nos horários, nas contas, nas notas, no que falta pra estudar, no fim-de-semana, no que vou comer daqui a 15 minutos, na faxina, nas roupas pra lavar, na bolsa pra consertar, no cabelo pra cortar, na unha pra arrumar, no concurso, no namorado, na mãe, no dia dos pais, na Ana Maria Braga, na carona de sexta pra casa, nas eleições, na decisão da Copa do Brasil, na gatinha da tia Rita que tá grávida, etc. e no fim, não chego a lugar nenhum além do próximo chocolate.
esses dias, eu penso em você com saudade. tenho vontade de te ligar e dizer que estou apaixonada. tenho vontade de escrever cartas e cantar pra você todas as canções do Erasmo. aliás, acabei descobrir que o Erasmo é foda! quando eu for cantora, vou gravar um disco só com música dele.
hormônios saltitantes. feminilidade.
agora vou dormir, ouvindo Erasmo, meu novo ídolo.

sábado, 17 de julho de 2010

de vez em quando me dá uma inveja dele. de leve, mas dá. quando ele fala que sente uma "saudade boa" quando ouve Milton e se lembra do pai. o que é saudade boa? pra mim, saudade dói.
é que ele sabe sentir diferente. eu não sei como é, mas sei que não é assim que nem eu, que tudo dói, machuca, fere, faz sangrar.
e não é que ele não seja sensível. sei que ele é, e muito. mas ele tem uma coisa que não sei se posso chamar de força, mas que faz com que ele seja assim. de um jeito que eu não sei explicar e que de jeito nenhum saberei ser.

e é por isso, será que o amo tanto? e é por isso, será que tenho tanta raiva?

me admira muito sua segurança. sua determinação. é difícil uma coisa que te abale.

mas me chateia que ele não entenda que não é todo mundo que sabe ser forte. e que tem gente (não conto quem) que chora por dentro quando ouve certas palavras ao invés de carinho. e que não consegue ter tanto controle.

poxa, se eu não sei controlar direito nem meu dinheiro, como é que eu vou controlar emoções?

eu queria que meu coração fosse menor. que ocupasse menos espaço em mim.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

pra saber de mim

alguns podem pensar que é simples. quem me lê aqui, por exemplo, pode achar que sou louca, romântica, chorona, depressiva, bêbada, puta, inocente, triste, feliz, apaixonada, inteligente, esperta, sincera, ingênua. é, eu sou. isso tudo. às vezes muito, às vezes pouco, às vezes nada.

mas pra saber de mim de verdade, existem vários caminhos. você pode, se quiser, ouvir todas as músicas de Los Hermanos. Ou as de O Teatro Mágico. mas pode também dançar a primeira música que tocar na rádio, enquanto toma banho. você pode fazer uma panela de brigadeiro e levar pra frente da tv, pra assistir O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças ou qualquer comédia romântica que estiver passando na Sessão da Tarde.

se quiser também, pode ler sites e blogs de mulherzinhas que na verdade, são verdadeiros mulherões: aquele tipo de pessoa que sabe o que quer, ou quando não sabe dá um jeito de descobrir; e que sabe aproveitar o melhor da vida, sem reclamar atoa.

pode também passear pelas ruas frias aqui de Ouro Preto, em meio a neblinas e paisagens bucólicas. sozinho. só você e seus pensamentos: seus melhores amigos e piores inimigos.

não pode deixar de se apaixonar muito. sempre. pode ser pela mesma pessoa, todos os dias. ou por três tipos diferentes, na mesma semana. ou as duas coisas ao mesmo tempo.

você pode encher a cara de cerveja. fingir que não está nem aí pras pessoas que estão te olhando. dançar até funck. até o chão. e morrer de ressaca no outro dia.

é fundamental que você veja seus amigos como membro da sua família. uma família que você escolheu. você não poderá jamais ficar sem eles por perto, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distância.

você precisa também gostar de curtir bons momentos com você mesmo. de passar o dia todo fazendo só o que você quiser, sem pensar em concurso, trabalho, faculdade ou dieta. depois pode ser que você sofra, arrependido de ser tão indisciplinado. mas é fundamental para que você entenda.

e o principal: ame! mas ame muito! ame loucamente. ame o bastante para morrer e nascer inúmeras vezes. ame o bastante para esquecer completamente de si.

e não se esqueça: nunca se leve tão a sério.

;)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

do que eu não sei ser

é, eu morro de medo.
não de escuro e nem de espírito. nem de barata, nem de rato. de cobra, talvez. de lagartixa, ao extremo. de cachorro, depende. de gato, às vezes.

mas o medo que me encomoda e me tira o sono e me deixa louca é aquele de te perder.
de perder todas as noites de sábado, frias, em que eu me enrosco no seu edredon quase nua enquanto você me abraça e reclama das minhas pernas geladas.
de perder a sua companhia no sofá assistindo dança dos famosos, todos os domingos.
de perder a saudade que vai me apertando o peito gradativamente, até quase explodir na sexta feira, um pouco antes de te ligar, ainda na rua de casa pra dizer: cheguei.
de perder seus carinhos nas minhas costas.
de perder os seus planos, misturados nos meus e a vontade de que meus desejos sejam pra sempre os seus desejos.

essa palavra dói em mim: insegurança.
dói pensar se é de mim que você gosta de verdade. dói pensar nos motivos daquela ligação que você recebeu ontem à tarde. dói pensar que eu só estou aqui hoje, na sua cama, porque outra não quis.

insegurança é o que me faz me sentir a mais fraca das criaturas, quando eu só deveria querer ser forte.

e o pior é essa felicidade toda que você me traz. é dela que eu tenho ainda mais medo.

sábado, 19 de junho de 2010

saudade dói

muito, mesmo! e doeu muito hoje. tenho tido vontades loucas de escrever, quando estou dentro da van que me leva, todos os dias, de Mariana a Ouro Preto, depois que saio da aula. eu volto pensando nas coisas. geralmente nas quartas e quintas penso no charme dos meus professores desses dias, que me encantam tanto. professores têm o dom de me seduzir. às vezes (muitas vezes) sonho com meu futuro desenhado. uma kitnet ou um apartemento pequeno e aconchegante em BH, o trabalho novo, a faculdade nova. tudo novo: móveis, panelas, talheres, pratos, roupas, perspectivas, sonhos. alguns sonhos, mais antigos, com cerca de 17 ou 18 anos de existência. é, desde criança eu quis ser "independente". não sei de onde tirei isso, mas o fato é que esse desejo continua aqui. e acho que é uma das coisas mais complexas da minha vida. eu sempre quis e contin uao querendo ser assim, independente. mas no caminho fui encontrando apegos, me agarrando a coisas e coisas. umas mais fortes, outras mais leves, das quais consegui me soltar. ao mesmo tempo que me aproximo dessa tão desejada independência, me distancio também.
mas queria contar que estava com saudades demais, daqui. de escrever qualquer coisa, que fosse. e não foi falta de vontade. nem de tempo. eu ando apertada sim, mas sempre acho tempo pra fazer o que tô com vontade.
novidades?
continuo irresponsável. continuo sonhadora. continuo boba. continuo estressada. continuo louca. e cada vez mais apaixonada.
e deixo um beijo pra todos que me lêem!

sábado, 8 de maio de 2010

das coisas que te farão inesquecível*

"só enquanto eu respirar..."
o teatro mágico



toda vez que eu for assistir a um show, me lembrarei dos seus comentários sobre o som. irei a frente do palco e tentarei enxergar quais são os instrumentos, as caixas, qual é a marca que o cara usa. e quando eu for comprar calcinhas, me lembrarei que vc gosta das mais simples, de algodão. pretas ou vermelhas. mas que não escondam tanto o meu bumbum.
quando chegar uma revista nova, lembrarei de você folheando as velhas espalhadas pelo meu quarto. das suas rizadas sobre as matérias e da pergunta: porque você assina isso, Carolina?
todos os dias, quando acordar, me lembrarei de você ainda aqui na minha cama. tomando conta do meu travesseiro. se enrolando no meu edredon. me agarrando e tirando casquinha de mim. você, com sua cara amassada, seu cabelo desajeitado, sua boca sexy fazendo bico. seu corpo jogado na minha cama assim, de qualquer jeito. sua roupa jogada pelo chão, de qualquer jeito. e eu, jogada em qualquer lugar. perdidamente apaixonada. e querendo acordar com você todos os dias.



*texto pensado durante o show de ontem, aqui em Ouro Preto, do O Teatro Mágico e escrito agora, na manhã seguinte. uma noite inesquecível. uma manhã pra sempre desejada.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Almeida

Almeida é o lado que eu chamo de família. porque Lacerda, de tanta bagunça, infelizmente não pode ser bem assim, apesar de família ser estranho mesmo, né? mas Almeida é de verdade. lá, aos domingos, quando todos os tios e primos estão juntos pro almoço e a mesa está recheada de coisas deliciosas e feitas com tanto amor, a gente dá as mãos e reza. quando meu avô era vivo, ele dizia umas palavras. e todos nós apertávamos as mãos uns dos outros, compartilhando de uma união que nem todos os quilômetros de estrada nos separam. agora, cada vez é um. e meu pai, quando fala, sei que sente o mesmo nó na guela que eu. e eu seguro as lágrimas, porque tenho vergonha. mas guardo cada um desses momentos como aprendizado. quero levar meus filhos lá. quero que eles sintam o mesmo que eu sinto desde pequena, no contato de sangue e de amor.
e lá todo dia é festa. cerveja não falta. nem música boa. foi lá que eu aprendi a gostar de um tanto de música boa. com meu pai, claro.
no último natal, eu me emocionei. não dá pra explicar, mas mesmo não estando presente na maior parte do tempo, quando estou lá me sinto parte daquela energia boa. as pessoas se amam, se respeitam acima de tudo. se valororizam pelo que são. e querem o melhor pra todos, sem distinção. o abraço da vó Lica é tão sincero. e o sorriso, o beijo no rosto. é só amor. muito amor.
e nesse fim-de-semana, fui visitar um primo em BH. um que é como se fosse o irmão mais velho que não tive. e foi família, mesmo. o tempo passou rápido e cada momento me fez tão bem. curtimos um samba num boteco. tomamaos cerveja juntos. rimos, dançamos. falamos do Timão. lembramos do meu pai e deu muita saudade.
com eles eu aprendi que é bom ser honesto. que quem acorda cedo e rala o dia todo pra ganhar o pão de cada dia, é que tem valor. que contar com Deus e ter fé, é confortante. é o que nos dá força todos os dias. que a saudade machuca, mas o amor que une uma família é mais importante e muito maior que qualquer estrada.
talvez seja meu vô Batista, que lá do céu nos une sempre. e faz a sementinha do amor que ele plantou dentro de cada um, crescer e dar frutos.

Almeida é o meu orgulho.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

carência tp-êmica

coisa de mulher. eu já contei que sempre dou um show embaixo do chuveiro? amo cantar embaixo da água quente. e nem preciso dizer que a acústica do banheiro me ajuda um tanto, né?
pois é. aí me veio a idéia de fazer aulas de canto. perguntei a um amigo que é vocalista de uma banda sobre algum professor aqui em OP. ele me indicou um, estudante de música. entrei em contato e passamos janeiro quase todo batendo papo no msn. fofo, ele. combinamos de começar as aulas assim que o período da faculdade começasse. doce ilusão! enchi minha agenda e não sobrou espaço para o mico. melhor assim, talvez.
mas aí, por coincidência, minha república fez um social (festinha em que só as duas repúblicas - uma feminina e outra masculina - participam, pra fazer amizade entre as duas e, quem sabe, rolar algo mais) com a república dele semana passada. primeira vez que eu saio à noite nesse período. foi ótimo! os meninos são super bacanas. eu passei a noite toda conversando com ele. é bom lembrar que eu tenho uma queda, ou melhor, eu despenco totalmente por músicos. aí conversa vai, conversa vem, o tempo passou e chegou a hora em que a banda dele ia tocar no CAEM (a boite da UFOP). ele chamou, insistiu e eu acabei indo. rolaram alguns olhares durante o show, mas eu fui embora antes de terminar e ele, fofíssimo, veio até a pontinha do palco pra me dar um abraço de despedida.
até aí tudo bem. ainda faltavam algumas pílulas na cartela e eu tava normal, na medida do possível.
só que hoje, uma semana depois, estou prestes a menstruar e na parte da minha tpm em que a carência reina em mim. daí conversamos no msn. e ele, todo fofo, perguntou o que eu ia fazer hoje. eu:
- acabei de lavar umas roupas e tô esperando a máquina centrifugar o resto pra eu pendurar no varal. e vou estudar mais tarde.
- não quer fazer alguma coisa hoje?
- hoje?
- sim, porque não?
- ah, amanhã cedo tenho que trabalhar e você também, né?
- e qual é o problema? trabalhamos do mesmo jeito.
- ah, não. deixa pra outro dia.
- ta bem, então.
conversa vai, conversa vem e ele vem de novo:
- você quer fazer nada hoje mesmo, Carol?
- ah, melhor não. outro dia a gente marca.
- você já jantou?
- não, ainda não.
- vamos comer uma pizza então. programinha light, não tem problema pra ninguém.
- ah, deixa pra outro dia mesmo. a gente cobina depois. tô cansada hoje.
aí ele ficou meio esquisitinho depois começou a dizer que adorou o social, que adorou eu ter ido no show dele, mas que queria que eu tivesse ficado mais. que queria ter curtido comigo lá, ao invés de ter tocado. pediu desculpas por não me dar tanta atenção. enfim, foi fofo. mandou piscadinhas e flores.
e vocês acreditam que eu fiquei dando gritinhos e pulinhos aqui com a Nina, pensando em como ia responder?!
não queria dar um fora nele. mas nem sei porquê.
tô apaixonada pelo meu namorado, que inclusive vem passar o fim-de-semana aqui comigo amanhã e nem acho o cara bonito. atraente, sim. mas só porque é músico.
mas tenho que confessar que achei ótimo o convite. mas não aceitei, tomei juízo. juro.
coisa de mulher carente na tpm... só pode.
e vocês, meninas? já passaram por isso? ou só eu que sou bobinha dessse jeito?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

florida

seu vestido estampado, seus cabelos frescos com cheiro de xampú de pêssego.
ela cheira a frutas: pêssego nos cabelos, morango na pele. dá vontade de morder.
ela rouba a cena, na mesa, entre os amigos. quando cruza as pernas todos os olhares se distraem do rolar da bola na tela da tv.
é impossível não acompanhar suas mãos pelos cabelos. é impossível não desejar receber os beijos que ela dá a ele. ela entrega carinho com os lábios. e sorri, exalando esse amor que guardou por toda a vida, só pra ele.

ela guarda toda a timidez no sorriso delicado e nas mãos entrelaçadas umas às outras. e distribui no corpo todo o desejo e o encanto de ser um jardim.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

subi ao altar!

não, ainda não me casei. é que nesse fim-de-semana eu fui madrinha (pela segunda vez, só neste ano!) de casamento de uma amiga muito querida, a Jamille. a cerimônia foi em Luz, cidade que fica no centro-oeste de Minas, há umas 3 horas de BH. fomos eu e Paulinha, minha outra amigona (musa inspiradora do universo dos concursos) numa Van organizada pelo pessoal da Sinagoga, a república ouropretana onde o noivo de formou e onde os pombinhos se conheceram. a viagem já foi uma festa: paradas em todos os postos para abestecer o isopor de cerveja! mas eu nem bebi muito... precisava estar de cara boa na hora H. e também, como eu envelheci 10 anos em alguns meses, na verdade, já não tava achando tanta graça. preferia uma musiquinha calma no mp4 e um soninho gostoso daqui até lá. não estou me reconhecendo, mas isso a gente deixa pra lá. :P
Jamille é um vulcão, que explode com muita facilidade. ela e o noivo brigam demais! e eu já tava morrendo de medo de uma baixaria que era muito provável de acontecer, mas correu tudo bem. a cerimônia foi linda, o vestido era maravilhoso e eu não paguei nenhum mico. o meu par era feio e esquisito, mas isso não importava, porque eu tava morrendo de saudades do Sr. P e só pensava em como seria lindo se ele tivesse ido. mas por um lado, foi bom ele não estar presente. eu poderia ter tido um surto no meio do casamento e ter pedido ao padre pra fazer um extra. :D
a festa foi ma-ra-vi-lho-sa! bebei e comi como uma rainha e dancei como uma diva! e depois de alguns copinhos de cerveja e outra goladas no uísque da Paulinha, quase como uma funkeira carioca. haha... relembrei meus tempos de "na pista pra negócio". sim, passado negro, baby.
mas foi ótimo me entregar ao rebolation e esquecer de todas as caraminholas que andam me envelhecendo e me deixando ranzinza. fiquei simpática com todos (até com os sinagoganos sem-noção) por várias horas. tive que dar meu cochilinho de bêbada no fim da festa, mas isso foi o mais grave mico da noite. não paquerei nenhum otário e nenhum fora consequente de cantada baranga no placar. após acordar do meu soninho, me deparei com um balde de salgadinhos de camarão. hummm... jantei salgadinhos com coca-cola e me deliciei na orgia alimentar sem culpa, já que neste fim-de-semana o sexo estava no pause. voltei pra casa da noiva, roubei o cobertor de alguem que não aperecu porque provavelmente achou um "cobertor de orelhas" bem mais agradável (ou não, né?), liguei pro Sr. P, falei que o amava e apaguei.
na volta eu não tava muito zen, porque o cansaço e a saudade da minha cama não me deixaram em paz, mas cheguei viva em casa, embora com crise de sinusite, por causa do ar condicionado.
mas, queria falar uma coisinha. apesar de não querer casar na igreja e não querer fazer festa, quero muito me casar, um dia. não quero essas coisas por causa da grana. pra isso eu sou muito mão-de-vaca, mas preciso ter um lar, uma família, etc. quero ser mãe, dona-de-casa e todo o resto. quero, assumo. talvez isso me torne mais sensível... o Sr. P que se cuide!
beeeijos!!
=)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

engasgado

porque será que a gente tem medo de falar o que a gente sente?

os livros de auto-ajuda e as capas da Nova me ensinaram que é preciso ser uma mulher forte, inteligente, que não chora, não reclama, não pede carinho, é sexy mesmo tendo celulite e estando um pouco acima do peso, sabe conseguir o que quer e não precisa do amor alheio, porque tem o amor-próprio.

e como se faz, quando se ama, mas tem medo de não ser amada tanto quanto?
e como se faz, quando o que se quer é apenas um colo e muito carinho?
e como se faz, quando se quer render às malditas lágrimas e admitir que é frágil, sim. e que sente falta, sim. e que quer casar e ter filhos, sim.

hoje acho que eu me engasguei com um eu te amo, que quis sair da minha boca pros seus ouvidos. ou quis sair do teclado do computador pra tela do seu celular. mas foi abafado por aquele medo, de sempre.

será mesmo que a medida de amar é amar sem medida?

sem porque

gente, tô triste.
não consigo mais escrever. sumiu tudo, sei lá. quando penso em alguma coisa pra falar, desisto logo em seguida. não há nada de interessante pra contar.
não quero falar que tô apaixonada, que amo meu namorado e etc e tal. nem que adoro até o jeito que os defeitos dele vão me conquistando, nem que eu morro de saudades dele todos os dias, nem que eu fico deprê todo domingo só porque o fim-de-semana acabou e segunda-feira eu fico sem ele. nem que de segunda à sexta, eu fico contando horas, minutos e segundos pra vê-lo.
eu acho que tudo isso cansa, sabe? e daí? e o kiko?

e também não quero falar que eu fiquei viciada em concurso. e em nescau ball. e que eu olho todos os dias o www.pciconcursos.com.br e rezo pra ter uma vaga de técnico adiministrativo em BH. e que eu sonho com o carro que eu vou poder comprar, com as viagens que eu vou poder fazer e com todas as calcinhas fofas que eu vou comprar na Renner. como eu sou pobre! aí eu caio da cama e lembro que ainda não aprendi constitucional! e volto a estudar...

também não quero contar que ontem eu fiz uma prova de historiografia brasileira, que meu professor tava lindo de morrer e que eu acho que eu tirei 8,5. e nem que até que enfim o livro de Brasil IV chegou e que eu tenho que estudá-lo inteiro, urgente.

não tô afim de falar que meu chefe essa semana tá menos chato e que eu tô tomando menos coca-cola. mas eu tô sonhando com o Comida Di Buteco, que começa amanhã em BH! ah! isso eu quero contar: eu vou a BH algum dia durante o festival e vou fazer questão de registrar tudo aqui depois. também, só assim acho que vai ter alguma coisa legal aqui pra contar pra vocês, né?

foi mal, gente! tá foda!
:(

beijos!!

sexta-feira, 26 de março de 2010

sobre irregularidades

às vezes, acordo feliz e durmo triste, sem que tenha acontecido algo concreto para explicar isso entre o acordar e o dormir. e vice-versa.
repito disciplinas de teoria na faculdade, sempre, mesmo sendo estas as que mais me interessam. assino revistas que nem faço questão de receber. e quando as recebo, me contento com as ilustrações e no máximo, a matéria da capa. devoro revistas que eu jamais assinaria enquanto aguardo a minha vez na manicure no horário de almoço de sexta.
fico dias e dias sem lavar uma peça de roupa. acordo às 6 da manhã pra lavar lençóis.
compro cremes anti-celulite e anti-rugas. bebo coca-cola todos os dias. e nunca tiro a maquiagem antes de dormir.
passo a semana toda no queijo cottage, torrada integral e chá mate com adoçante para o café-da-manhã. me lambuzo com cachorro quente e coca-cola na sexta, encaro um super tropeiro do buteco da esquina no sábado e termino o domingo repitindo no jantar o prato do almoço de domingo: massas e carnes. (calma, não vomitem)

é que eu sou assim. disciplina nunca foi o meu forte. sempre matei aula, sempre atrasei pra entregar livros em bibliotecas e vídeos nas locadoras. as multas me perseguem. estou sempre atrasada. sempre que acordo às 6 da manhã, chego no trabalho às 9:30, de cabelo molhado.

será que é problema de família? cada um tem a sua porcentagem de loucura, não é mesmo?

a propósito: eu disse no post anterior que escreveria o próximo texto sobre a Paulinha, minha musa inspiradora. mas não deu certo. um dia vocês ainda a conhecerão.

beijos em todos e aproveitem ao máximo esse fim-de-semana.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tá sendo difícil escrever ultimamente. Parece que perdi alguma coisa que eu tinha antes, só que ainda não sei o que é, então, fica complicado procurar.
Não sei se foi por causa da rotina pesada, que me deixou mais amarga. Talvez. Ando um pouco sem paciência pras pessoas. Só tenho ouvido as que eu amo de verdade e quero muito bem. Tenho medo de ficar assim. Isso não me pertence!
Mas também tinha o concurso e, com ele, as dores de cabeça incessantes. Desconfiei da volta das enxaquecas que tinha na infância. Espero que não voltem mais.
E nisso tudo, esse monte de coisas duras, chatas, intransponíveis e totalmente novas, só tinha ele. Ele não é novo, não é chato. Ele é o meu amor, e pronto. Nem preciso dizer mais nada.
Aí eu resolvi relaxar um pouco, antes da prova. Parei de estudar freneticamente e fiquei uma tarde inteira por conta de ver lojas da internet: de roupa, de informática, de sapatos, de móveis e eletrodomésticos. Conheci a coleção de inverno da Hering e me apaixonei. Quero tudo pra mim!
E aí, conheci blogs lindos. Entre eles, o da Luna Sanchez, (linkada ao lado) que me deixou babando. Fiquei viciada e consegui me esquecer de todas aquelas regras chatas que estão na Constituição de 88 e que estavam já me deixando maluca.
Ainda bem que eu não fiz Direito. Acho que eu seria boa, mas seria chata. Muito mais do que eu já sou.
Agora, que já passou o concurso e está tudo nas mãos do destino, eu vou voltar pra minha História e me divertir (ou não) com a faculdade e os textos malucos de Teoria e de Brasil Contemporâneo. Mereço um tempo de vida normal até a próxima semana, quando começarei a rotina do próximo concurso.
Estou determinada, esse ano eu passo em alguma coisa. Nem que seja da Prefeitura de BH, que oferece um salário furreca, que, infelizmente não vai me dar a coleção inteira de inverno da Hering, mas... quem sabe pelo menos algumas camisetas e um jeans?
Descobri nesse tempo, que tenho amigos importantes. Que existem pessoas maravilhosas no mundo. Uma delas, é a Paulinha. Vou contar pra vocês sobre ela no próximo post.

E me desejem boa sorte! O gabarito sai amanhã.

Beijos!
=)

sexta-feira, 12 de março de 2010

do alto

não quero repitir as coisas aqui. falar que meu amor por você agora, me faz bem. e só bem. sim, é porque você resolveu parar de fingir que era só eu. você se rendeu a tudo aquilo que nos une. e estamos os dois felizes assim.
mas eu tenho que dizer que todas as noites são melhores com você. que acordar ao seu lado é tão bom quanto acordar sabendo que vou te encontrar. que a semana fica mais interessante, porque sei que quando for sábado eu vou ser só sua. e você já está me esperando, desde domingo a noite, quando me deixou na porta de casa me mandando ter juízo e me desejando uma boa semana.
eu gosto quando você torce por mim. adoro quando você deixa eu saber, assim quase sem querer, que eu sou tão especial pra você.
eu tenho aprendido muito. tenho me segurado pra não morrer de ciúmes e estragar tudo de bom que tem acontecido com a gente. tenho agradecido a todos os momentos que estamos juntos e em paz, como eu sempre sonhei. parei de fingir pros outros que você não me faz falta. assumi pro mundo que eu sempre quis só você. assumi pra mim, e isso basta pra que a gente caminhe no sentido certo.
estamos as poucos, nos estregando ao que sempre quisemos que fosse a nossa vida. e eu sei o quanto é difícil pra você, só por ser também difícil pra mim.
parace mentira, e deve ser por isso que eu às vezes choro com medo de acordar e descobrir que era só mais um sonho, dos tantos que tive em todo esse tempo.

mas aí você me dá um tapa no bumbum, eu finjo que fico brava e a gente se ama, se ama, se ama...

segunda-feira, 8 de março de 2010

But baby, since I've been loving you, yeah
I'm about to lose my worried mind, Oh, yeah
Jimmy Page / John Paul Jones / Robert Plant


amar você sempre vai ser a melhor coisa da minha vida.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

crescer e aparecer?

tenho morrido de saudades da minha infância, todos os dias.
queria tanto a casa da minha vó, limpinha, agradável, com cheiro bom de sonho fresquinho, quentinho e doce.

é que acordar às 6 da manhã nunca foi muito legal. e agora, acordar desesperada por tomar um café light, colocar uma roupa leve, porém discreta, me lambuzar toda em um protetor solar e perder a mensagem matinal da Ana Maria Braga porque eu tenho que chegar às 8, é estranho. quando chega sexta-feira eu já tô quase chutando o balde. só não chuto porque lembro da minha amiga guerreira que dizia: "falta só mais um pouquinho, eu aguento".
e aí que quando vai chegando o fim do expediente (que palavra chata! meu chefe adora, não sei porque), eu sonho em chegar em casa e me esburrachar no sofá com um misto quente crocante, catchup e coca. rá! quem me dera...
chagando em casa tem roupa suja me esperando, banheiro nojento pós-carnaval me suplicando por vassoura e desinfetante e vários tópicos sobre direito administrativo e blá blá blá, que pedem urgência!
tenho sonhado com provas, estágio e respostas negativas por todos os lados. acordo assustada, com medo e me forçando a fechar os olhos logo e voltar a dormir, pra não desperdiçar nenhum minutinho de sono.
sempre odiei rotina. mas não sei como fugir dela. também não quero ser hippie. deus-me-livre de não ter expectativas de banho. eca!!
e daí que está chegando o fim-de-semana. é, hoje é sexta.
ainda bem que eu tenho um tchuco fofíssimo me esperando no meu buteco preferido.
ah, ele tem salvado a minha vida!

e me diz, com essa vida de mulher independente que eu inventei seguir, como é que se faz pra não colocar minhas expectativas de felicidade naquele cantinho cremoso da cama dele?
já tô pensando em casamento. sem Igreja, por favor!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

meu problema

talvez seja por você ser assim tão seguro.
e porque eu sou assim tão insegura.
qualquer palavra torta que sai da sua boca e entra em meus ouvidos, já me faz o coração palpitar desesperado. e você vê isso nos meus olhos.
qualquer olhar seu despretencioso pra uma bunda alheia me faz lembrar de cada uma das minhas celulites e querer nascer outra vez, sem meu vício de coca.
talvez sejam todas essas coisas; todas os seus carinhos. seus olhos que mudam de cor.
e talvez não tenha solução.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

sobre medos

de altura:

é que quando você me leva pra passear, eu subo tão alto, que dá medo.
eu fico tensa e seguro mais forte a sua mão. morro de medo de soltar e escorregar.
(mas aqui em cima tá tão gostoso...)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

sobre os olhares

porque eu guardo na minha memória tudo o que eu senti em todos esses momentos. e eles significam um tanto, só ainda não sei porque.
eu tinha 16 anos. cheguei encantada e assustada. mas cheguei sabendo que eu ia ficar. eu e a minha intuição, numa relação íntima. sempre assim. lembro exatamente do sol forte. meio dia. calor intenso entre tantas montanhas. a casa tinha um cheiro e um ar leve. o cheiro lembarava o da casa de Congonhas. os móveis e já a porta de entrada, de uma madeira maçissa. pesado, forte, mas acolhedor.
eu fui até lá, onde não sabia o que ia encontrar, assustada. o coração batendo e o rosto vermelho de vergonha. é assim até hoje quando chego lá.
e a primeira imagem de que me lembro, foi das sombrancelhas dele se levantando. não vi seus olhos, só as sombrancelhas. e foi como se elas me dissessem lá dentro, qualquer coisa. todos eles me encantaram.
o outro, o centro das atenções. uma beleza que me deixava estática. eu já estava apaixonada por tudo aquilo, que era tanto! era tudo nele que me deixava assim. eram os cabelos, chamando minhas mãos. era o sorriso torto. eram os olhos, os mais lindos do mundo.
e no mesmo dia, eu saí pra conhecer. e conheci. dobrando uma esquina, me deparei com um outro. cabelos ao vento. a marca de liberdade. parecia que havia alguma coisa entre nós. qualquer coisa que nos fez olhar pra trás, num movimento magnético.
eu sabia que esse seria o meu paraíso. esse lugar era todo meu.
e desde então, foi um olhar atrás do outro. uma batida do meu coração atrás da outra. galopava toda vez que me aproximava.
e eu fui ao inferno, tive medo. tenho muito, ainda.
e eu fui quebrando aos poucos todas as minhas certezas. esses olhares só me enchem de dúvida.
minhas pernas bambas. minha mãos trêmulas. meus olhos cheios de nuvens. é uma emoção que me assusta, ainda hoje. só de pensar.
e muito aconteceu. 6 anos se passaram.
hoje, quando conversamos sobre família, sobre desejos, sobre nossos traços, sobre amor, eu sinto um não-sei-o-quê. eu olhos nos seus olhos e me sinto marcada, a cada segundo. como se esses seus olhos - os mais lindos do mundo - se eternizassem em um brilho que me queima lá por dentro. ontem você disse que acredita no amor. e eu, tão sensível, que sonho tanto com ele, quase desmaio nessa hora. eu gosto tanto de você. gosto tanto do seu cuidado pelas pessoas. adoro muito quando sinto esse seu cuidado por mim. quando você quer me proteger, assim, atoa. só porque você é... você. cada um é único. mas você parece que é mais, de você mesmo. não pode ser atoa que meus olhos gostem tanto assim dos seus. não pode ser atoa que eu sinto que a gente ainda tem muito o que acontecer. não deve ser atoa que eu me sinto tão sua, mesmo tão sem sentido. é que nessas conversas eu fico pegando sentidos, recolhendo significados diversos de cada palavra. e quero juntar tudo num destino escrito nas estrelas. aquelas que enfeitavam o céu quando você me disse que acreditava no amor, e piscavam vendo meu coração sorrir pra você. eu queria te dizer que eu sei de alguma coisa que eu tenho medo. mas eu não sei de nada perto de você.
e aquele que levantou as sombrancelhas, me destrai de você com um papo descontraído. e eu adoro brincar de ser engraçada. adoro a risada dele quando eu solto meus comentários tolos. eu só quero te ver sorrir, cara. seu sorriso é provocador. dá vontade de te bater, de xingar e pedir que pare com isso. porque você me deixa boba. e eu queria muito saber mais de você. ao contrário do outro, você se esconde nas músicas recheadas de palavrões. você ainda é um muleque rebelde. e a sua rebeldia é tão excitante. só de pensar que nunca vou te prender, fico louca. bebo a caipirinha ácida, escutando você dizer que sente ciúme. por uns instantes você se destrai e se deixa mostrar mais um pouco pra mim. e eu gosto muito disso. de repente você se torna o cara mais simpático do mundo, não só pelo álcool no meu corpo. mas porque esse seu sorriso...
você se mostra gentil. e parece querer me agradar. mas você é discreto. e me lembra que é fechado e gosta de ser. por isso é que eu preciso ficar procurando rastros de todas as coisas que eu adoraria escutar de você. no pouco que você diz, eu tento entender mais.
a noite está no auge. chegou a hora de se entorpecer. mas eu já delirava nesses olhares. já viajava nas minhas percepções criadas. mergulhava em fantasias dos sentidos que eu queria tanto achar em suas frases, em suas mãos, na sua roupa bonita. eu fui também.
peguei um livro e fiquei observando, só. ele que me protege, não me deixou experimentar.
e eu vi uma cena que vai ficar guardada pra sempre. vocês dois tocando violão, você cantando. sua voz é cruel com a minha carência. me faz pensar que é só disso que eu preciso. e querer demais você. vocês dois cantando The Beatles. eu queria ser duas também. era tudo o que eu queria.
e eu termino a noite deitada na sua cama, sem você. te espero mais um pouco. tento te provocar, me esquecendo que você simplesmente não demonstra. esse era agora meu consolo. a desculpa que eu inventei pra explicar pra mim a sua distância. mas eu sei que foi melhor assim.
essa era uma noite clássica, das minhas. o tipo de noite em que eu me divirto bebendo, seduzindo e me entregando de corpo pra um homem qualquer. a noite em que eu me limito a ser só prazer. e não me permito preocupar com nada além da intensidade do orgasmo. mas você é tão filho da puta, que nem sequer me encostou. e eu me vesti de manhã, com uma ponta de frustração. porque passei o resto de uma madrugada enfumaçada na cama de um cara pro qual eu não dei. eu não dei. e nem acredito nisso.
talvez eu tenha ido pra casa, depois de me despedir de você com um abraço, me sentindo mais. nem sei.
parece que sonhei com bolinhas de sabão.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

por dentro

"invento o amor
e sei a dor
de me lançar"
Milton Nascimento


é que eu sou feita de coração
não sei usar a cabeça (não uso chapéus)
e deixo bater
e queria deixar ir...
mas hoje é primeiro de janeiro.
e muitos outros virão
e você foi o primeiro
talvez o único - mas isso quem vai saber?
eu preciso é deixar a ansiedade
e aproveitar hoje
me olhar no espelho
e me reconhecer em mim