sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Noites de 5ª - Capítulo III - O adeus ao cafajeste

"Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem."
Fernando Anitelli

Eu não consegui largar o celular. Lia a mensagem toda hora. Lia, sorria, fechava os olhos, sentia o coração apertando, lia denovo, e assim por diante. Não conseguia chegar a nenhuma resposta. Nem conseguia saber ao certo o que eu estava sentindo com tudo aquilo. Na verdade, desde o dia em que ele se mostrou "ocupado" demais pra me ver, após ter ido aos poucos esquecendo todo aquele carinho e aquela adimiração inicial que tinha pela minha pessoa e se mostrando cada vez menos interessado, eu sabia que esse dia iria chegar. O dia em que eu teria a chance de escolher.

Sim, porque quando eu tive crises de ciúme sem sentido e me mostrei do avesso pra você, eu não tive escolha. Quando eu passei dias e dias fazendo de minha esperança em te ter pra mim, a razão da minha vida, não pude decidir que era aquilo que eu realmente queria. Quando eu te ligava antes de dormir só pra ouvir sua voz e depois fechar os olhos pensando no seu jeitinho fofo de falar, não tinha domínio sobre minhas vontades. Estava cega. Completamente cega. Do jeito que as mulheres costumam ficar, quando se apaixonam.
E só eu sei como doeram os machucados do tombo que eu levei, quando recebi aquela mensagem, dizendo que estava "ocupado". E foi assim mesmo, entre parênteses. Mas foram apenas arranhões. Tratei de curá-los com beijos quentes, pegadas fortes, puxões de cabelo, susurros de "cachorra" no ouvido, goles e mais goles do veneno que tanto me agrada. Agora já passou. E nem quero saber das cicatrizes.
Hoje, eu posso escolher. Tenho em minhas mãos o poder de decidir se me entrego agora à sua cafajestagem enrustida ou me "ocupo" com outra coisa mais interessante. Ou menos, porém mais saudável. Tá bom, talvez nem tão saudável.
Então eu me esmago toda por dentro e respondo que marquei um cinema com minha amiga, apesar de estar na frente da tv com uma panela de brigadeiro, assistindo a mais uma comédia romântica.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hoje é meu dia...

...no Meninas Improváveis! Então passa lá pra conferir o que a gente anda discutindo!!

E não se esqueça de deixar seu comentário!

Um beijo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Cara

Já ouvi dizerem por aí que o cordão umbilical une pra sempre mãe e filho (a). Entre pai e filho (a) não existe cordão umbilical. Então, mesmo tão distantes um do outro, o que será que nos une?
O que nos une, são as rugas na testa, que eu com 23 anos já tenho, bem marcadas, como se ele as tivesse desenhado em mim, olhando seu rosto no espelho, pra que ficassemm assim tão parecidas. O que nos une são nossos sonhos. Os seus, que vou conhecendo aos poucos e sem querer os vejo misturados aos meus. Com esses sonhos vêm também alguns medos, uma ponta de insegurança, mas, em compensação, uma força que cresce dentro da gente e nos faz acordar com mais coragem para vencer o dia. O que nos une é uma fé imensa que aprendi a ter com ele. O que nos une são as conversas (que têm me feito tanta falta!) longas no Messenger, sobre vida, sobre amores, sobre nós. O que nos une é uma família linda, que já disse, é meu exemplo, o que me fortalece enquanto pessoa, ser-humano. O que nos une é uma paixão por um time de futebol que eu nem sei como explicar. O que nos une é a certeza de que não importa como, mas o fato é que nos amamos. E esse amor que está aqui dentro de mim e sei também que está dentro dele, sem precisar de nada para que exista.
Sempre estivemos muito distantes um do outro. E talvez seja assim pra sempre. Eu o conheço pelas poucas pistas que ele me dá sobre sua personalidade. Tão discreto, fechado, sério. Vai se revelando aos poucos através de nossas músicas ou de suas histórias de infância que me conta durante o almoço de domingo. E em cada detalhe, eu procuro um pouco de mim. Se encontro, fico feliz. Me orgulho. Às vezes, em discussões sem sentido com minha mãe, ela brava, grita: "Marcelino! Você é igualzinha ao seu pai!" E então eu não sei se choro ou se sorrio. Me calo, mas no fundo, me orgulho, sempre.
Talvez nunca vamos nos conhecer completamente. Ainda temos tanto a falar, tanto a viver. Mas hoje, aos meus 23 anos e seus 46, eu sou sua fã. Pra mim, ele é "o cara"!
Feliz aniversário!
Um pouco atrasado, mas de verdade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Meninas Improváveis

Hoje, falo sobre esquecimento e memórias no Meninas Improváveis.
Então, não se esqueça de dar uma passadinha no Blog, conhecer as outras Improváveis e deixar seu comentário!
Um beijo.
;)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

fotografia II

com um brilho inconfundível nos olhos e as mãos trêmulas, ela chega ao restaurante combinado, na hora certa. senta-se à mesa reservada para dois e diz ao garçon que está aguardando uma pessoa. pede uma água. a ansiedade faz ela folhear o cardápio rapidamente e mexer nos cabelos compulsivamente. passam-se alguns minutos e o garço volta, incoveniente, perguntando se ela deseja mais alguma coisa. ela não poderia dizer ao garçon quais eram os seus desejos. jamais poderia lhe contar que o que ela quer é beijar aquela boca macia novamente. e sentir um perfume que a deixa excitada. e juntar seu corpo no dele, como se não houvesse mesmo nada que os separasse.
ela pega a bolsa, ao sentir a vibração do celular silencioso. uma mensagem. mais uma desculpa. uma lágrima discreta. ela entra no táxi e vai embora. com a lingerie sexy que esperou tanto por ele. com o vestido novo que comprou pensando nele. com as mãos vazias. sem anéis, sem aliança. ficaram pra trás todos os beijos. ela não pode contar sobre o curso novo, não pode sentir o seu perfume, não pode se embriagar e se entregar, como queria apenas.
enfim, só lhe resta voltar pra casa.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

era pra ser

Quando alguma coisa dá errado na vida da gente, tem sempre alguém pra dizer: é porque não era pra ser, um dia você vai ver que foi melhor assim, ou, ainda: foi porque Deus quis.
Ok, tudo bem. Talvez isso me ajude a esquecer um pouco. Me destrair da decepção.
Mas no fundo eu sei que era pra ser, sim! Porque não era? Eu fiz tudo direito dessa vez. Me dediquei, sim. Estudei, sim. Rezei, sim. E eu fui bem. Fui ótima! Tirei a maior nota desde que comecei a enlouquecer com essa história de concurso. E aí eu abro a página pra ver o resultado - tão esperado - e descubro que a nota da redação foi baixa? Como assim? Não, ainda não dá pra aceitar. Eu nem precisaria ter fechado a redação (como já fiz em outros concursos), se minha nota fosse 85, 10 pontos a mais do que os ridículos 75 que me deram, eu estaria lá, dentro das vagas previstas no edital e nas nuvens, porque seria funcionária da Universidade Federal de Minas Gerias, sairia dessa Prefeitura meia-boca e estaria mais perto da Lagoa da Pampulha.
Mas tudo bem, não era pra ser né? Vou fingir que acredito.
Mas aí eu vejo um rapaz fazendo malabarismo com uma bola de cristal no sinal. Vejo nos olhos dele os sonhos, pulsando, gritando, berrando, cantando. E aí eu sorrio.
Continuo confiando. Sei que existe uma força maior que vai me levar pro MEU lugar.
Meu coração vai ficar tranquilo, eu sei.
Novidade: a partir de quinta-feira que vem eu começo a bloggar no Meninas Improváveis! Espero vocês por lá!
Beijos.