quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entre o fim e o começo, existe o meio!

É chegada a hora de dar corda no relógio. Zerar o cronômetro. Apertar o start. Começar denovo? Um, dois,três e... já! Ou seria 3, 2, 1... BUM! Vem aí 2012! Novinho, como aquele caderno que eu adorava ter nas minhas mãos uma semana antes das aulas começarem. Limpo, como uma folha branca. Pronto para receber as cores, os traços e as letras.

Não sou de fazer listas. Nem de fazer promessas. Não sou uma boa pagadora de dívidas, por isso não me proponho a sair devendo a mim mesma. Nesse exato momento, muitas pessoas estão acertando as contas. Terminando de fechar o caixa e descobrindo se o saldo é positivo ou se vão ficar algumas notas inscritas em restos a pagar (Ai, como eu tô contábil! Que medo!).

Mas quer saber o que eu acho? O que passou, passou. Se eu vejo 2012 como uma folha branca, onde poderei desenhar e escrever o quanto couber e o quanto minha imaginaçã deixar, não quero simplesmente rabiscar a de 2011 ou amassá-la e jogar no lixo. A renovação existe. Vira-se, de certo, mais uma página. Mas a história continua. Capítulos passados fazem parte do que há de vir a ser o próximo. Dessa verdade, não há forma de fuga.

Portanto, a minha expectativa para o próxim ano é de que eu não perca a noção de que minha vida -apesar de eu amar tanto as reviravoltas e me animar com mudanças e novos caminhos - é antes, uma continuidade. E que cada traço meu implica no final do quadro que está sendo pintado. Cada vírgula ou interrogação que eu imprima em meus papéis farão parte do roteiro ao qual eu sigo e invento diariamente. Mas me dou o direito de fazer um pedido: que nos próximos dias as coisas todas desse mundo sejam menos dependentes de horários, regularidades e métodos. Quem sabe assim, eu possa então me sentir mais à vontade no meio das minhas tantas bagunças?  

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eu quero ouvir suas músicas



E entre um acorde e outro, observar seus traços. O desenho das sobrancelhas combinando com um sorriso escondido no cantinho dos lábios. Quero ouvir sua voz chegando macia em meus ouvidos e deixar sair da minha boca palavras soltas de seus versos. Sentir de leve, bem de leve, uma discreta timidez no escorregar dos dedos pelas cordas no momento em que foge à tua lembrança uma nota ou outra. Quero sorrir pras suas mãos e te beijar os olhos, os lábios acariciar devagar. Quero cantar com você. E dançar, pra você.