quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para a minha melhor amiga

Eu poderia dizer no dia das mães que ela é a melhor mãe do mundo. Poderia escrever uma declaração de amor no dia do seu aniversário, agradecendo-a por completar mais um ano de vida, já que a sua vida é um presente para a minha. Mas eu acho que já estourei minha cota de clichês, não é mesmo? É que eu sou um clichê mesmo. Está escrito na minha testa! 

 Não sei se ela é a melhor mãe do mundo. Não tive parâmetros de comparação. Mas ela é do jeito dela. Cuida do jeito dela, dá carinho e atenção da forma que ela encontra para o fazer. E faz! Faz tudo o que pode e o que acha que não poderia fazer, para me ver feliz. E nessa de querer fazer o melhor, vez ou outra acaba errando. E quem não erra? Quando ela erra, eu estou pronta para entendê-la, mesmo que tenha me machucado. Porque nós somos AMIGAS. 

E é por isso que uma dá colo à outra. Uma dá coragem à outra. Uma ri da cara da outra. Uma ensina à outra. Ela vive dizendo que eu sou sua estrela-guia. Às vezes até fala que eu sou seu bicho do pé. Se esquece que eu encontro nela meu apoio, minha luz, minha cruz, meu tudo. Estamos vivendo uma história de amor e carinho há 24 anos. E a cada dia aprendemos juntas um pouco mais sobre nós e sobre esse nosso amor tão louco. 

Então hoje eu digo a você, mãe: feliz dia do amigo! Minha melhor amiga!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

curta metragem nº 2 - O palco

Uma série de pequenas imagens que serão guardadas pra sempre

Peguei o metrô com as mãos suadas de ansiedade. Era só uma estação, mas parecia demorar uma eternidade. Desci, caminhei com muita pressa por uma rua, virei na terceira esquina à direita e cheguei. Um cinema antigo que se transformou em um centro cultural - o Galpão Cine Horto. Era lá que eu mataria a saudade de brincar de ser. 

Na sala onde aconteciam as aulas de teatro, tinha uma porta larga de madeira no fundo que ficava sempre fechada. Essa porta abria-se para o palco do teatro e é a imagem de quando passei por ela pela primeira vez que ficará marcada pra sempre. As cochias, o chão escuro e frio, a arena com cadeiras pretas, a iluminação. Tudo aquilo bem rústico, me mostrando que artifícios podem ser concebidos a partir de qualquer coisa, ou de nenhuma. A energia de um palco é uma coisa mágica. A cada passo se sente um frio que viaja dentro do corpo e se mostra por fora através dos arrepios. 

Foram se passando as semanas. E eu estive lá por quase todas as segundas-feiras, desde março. E em todas elas eu aprendi uma coisa nova. Um olhar novo, um toque diferente, uma postura mais firme, uma perna mais solta, os pés no chão. Conheci pessoas especiais. Conheci uma pessoa especial: Tarcísio, um mestre! E me conheci um pouco mais a cada dia. Conheci meu corpo, meus olhos, minha voz. 

E quando entrei no palco, na última terça-feira, dia 12 de julho, todas essas descobertas se materializaram em uma experiência incrível, onde estive inteira e da qual, claro, jamais me esquecerei. Sentir a energia do palco e poder externizá-la através do meu corpo e da minha voz foi um exercício de superação e de paixão. Estou apaixonada pelo teatro. Completamente!  

terça-feira, 5 de julho de 2011

amante em crise

é que eu sou dessas metidas a independentes, dona do meu próprio nariz, não gosto de dever obrigação e nem de dar satisfação a ninguém. se eu quero ir, eu vou. se eu quero fazer, eu faço. se eu quero comprar, eu compro. e não estou muito acostumada a ouvir não. costumo convencer as pessoas de que tenho razão e, quando sei que não há chance de convencimento (quando encontro alguém mais durão que eu) nem tento, pra não me decepcionar mesmo.

e aí de repente eu me vejo em segunda opção pra eu mesma. mais ou menos assim: ah, tem uma peça bacana em cartaz esse fim-de-semana; hum... aquele cara que eu adoro vai tocar na sexta; sábado que vem minha amiga vai comemorar o aniversário em uma boite. maaas... não dá, porque tem show dele. ou porque ele tem que ensaiar. ou porque ele tem que dar aula no sábado. ele, ele, ele

então fica assim. aquela peça fica pra próxima, nem deveria ser tão legal assim. aquele show, eu vejo em uma outra oportunidade, ou compro o CD, né? e o aniversário da amiga, ah, ela vai entender, ela é minha amiga.
e o mais irônico, é que falando mais ou menos sobre esse assunto, ele me lembra de que é porque eu quero

pois é, é porque eu quero!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O amor é cego?

É o que pretende explicar essa reportagem, que um amigo me enviou me dizendo que está começando a acreditar no amor. Nela, um neurocientista explica o que acontece na nossa cabeça quando amamos. Ele diz que uma certa parte de cérebro é ativada, a que está ligada ao sentimento. E ao mesmo tempo, uma outra é desativada, que é a que está ligada ao raciocínio, o que então explicaria a máxima o amor é cego.

Bom, esse cara deve entender muito bem de neurociência, cérebro, ativações e desativações de tudo enquanto é neurônio, etc. Mas de amor acho que ele tá por fora! Desconfio que ele esteja querendo dizer sobre o que acontece na nossa cabeça quando estamos apaixonados. Porque sim, eu concordo que todo ser apaixonado fica com o raciocínio meio prejudicado. Mas amor... ah, o amor é outra coisa. 

O amor é você saber direitinho que o cara tem defeitos, além de todas aquelas qualidades que você conheceu quando se apaixonou, mas, ainda sim, preservar aquele brilho nos olhos da primeira vez. O amor é você entender que nem sempre ele vai te dizer sim e vai poder fazer as coisas exatamente como você quer, mas continuar tendo nele sua melhor companhia. O amor é você não precisar vestir a sua fantasia de mulher perfeita e se deixar ter um ataque besta de ciúmes, que fará vocês dois rirem muito depois. O amor é uma escolha. É escolher ficar ao lado daquela pessoa porque ela - inteira, completa, com defeitos e qualidades - te faz bem. 

E nesse momento você está raciocinando o suficiente para entender que em todo mundo existe algum defeito. E se você realmente quer essa pessoa com você, não tem como viver com a pessoa sem os defeitos. É um pacote completo. Você decide se vale a pena ou não. Portanto, pra mim, o amor enxerga muito bem.