segunda-feira, 5 de julho de 2010

do que eu não sei ser

é, eu morro de medo.
não de escuro e nem de espírito. nem de barata, nem de rato. de cobra, talvez. de lagartixa, ao extremo. de cachorro, depende. de gato, às vezes.

mas o medo que me encomoda e me tira o sono e me deixa louca é aquele de te perder.
de perder todas as noites de sábado, frias, em que eu me enrosco no seu edredon quase nua enquanto você me abraça e reclama das minhas pernas geladas.
de perder a sua companhia no sofá assistindo dança dos famosos, todos os domingos.
de perder a saudade que vai me apertando o peito gradativamente, até quase explodir na sexta feira, um pouco antes de te ligar, ainda na rua de casa pra dizer: cheguei.
de perder seus carinhos nas minhas costas.
de perder os seus planos, misturados nos meus e a vontade de que meus desejos sejam pra sempre os seus desejos.

essa palavra dói em mim: insegurança.
dói pensar se é de mim que você gosta de verdade. dói pensar nos motivos daquela ligação que você recebeu ontem à tarde. dói pensar que eu só estou aqui hoje, na sua cama, porque outra não quis.

insegurança é o que me faz me sentir a mais fraca das criaturas, quando eu só deveria querer ser forte.

e o pior é essa felicidade toda que você me traz. é dela que eu tenho ainda mais medo.

Um comentário:

Luna Sanchez disse...

Carol,

Li, em algum lugar, que o segredo para livrar-se da insegurança é considerar-se verdadeiramente merecedor das coisas boas. Isso nos deixa fortes.

Então, minhas flor, faz! Toma posse dessa coisa boa, ela é tua, e manda o medo embora! =)

* Saudades gigaaaaaaaaaaantes!

Beijo, beijo.

ℓυηα