sexta-feira, 30 de março de 2012

Cinco

Tá difícil tentar ser filha, amiga, namorada, servidora, estudante e eu. Tudo tão depressa, que escapa dos meus dedos qualquer pretensão de perder tempo. Me sinto perdida entre um passo adiante e uma volta atrás. As tentativas de estar em todos os lugares desejáveis com todas as pessoas que amo ao mesmo tempo são inúteis. O final de semana cada vez mais curto. Começa na noite de sábado e termina junto com o domingo que a gente quando sente, já passou. 

E no meio de trabalhos, horários, ônibus lotado, entrevistas, textos e notas de empenho eu vou me distanciando de uma boa conversa com amigas, de uma visita à minha vó, de um papo gostoso com a minha mãe, de um cafuné numa cama cremosa e quentinha.
 
Não, eu não estou reclamando. Não quero reclamar! Não posso reclamar porque se estou apertada e se meu tempo acaba antes de eu terminar as tarefas do dia, é por ótimos motivos. Estou fazendo coisas que me agradam, que me desafiam e meus olhos brilham com tantas novidades. Mas dói demais essa coisa de ao abrir uma porta, ter que fechar outra. Não quero fechar portas! Quero a casa toda aberta, esperando você chegar.

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