Estou construindo uma tese sobre a existência de um ser incoveniente e idiota em todo espaço de convivência social obrigatória, leia-se: trabalho ou escola/faculdade. Sempre tem um chato! Aquele tipo que faz perguntas desinteressantes e impertinentes aos professores, desvia o assunto pro lado dele, fala de si mesmo o tempo todo (com a justificativa de que está fazendo marketing pessoal), e jura de pés juntos que o mundo gira em torno de seu umbigo sujo. Em menos de meia-hora de conversa o sujeito já dá detalhes de sua vida sempre deixando bem claro que sim, ele é o cara. Outro passatempo preferido dessas espécies é mostrar pro mundo que ele sempre sabe tudo sobre qualquer coisa. E que ele sempre tem a melhor opção pra tudo o que você precisar ou não. A resposta dele sempre é a melhor. Ele é sempre o mais esperto. Enfim, mais uma vez ele quer que você não tenha dúvidas de que ele é nada menos (mais até pode ser) que o cara.
Eu não estou brincando, esse cara existe! Pior: existem vários caras desses por aí. É uma praga que dá onde tem gente. Salas de aula e repartições de órgãos públicos são seus habitat's preferidos. E eu, como nasci abençoada, dei a sorte de encontrar sempre com pelo menos um deles, em pelo menos um dos dois ambientes. Mas eu acho que tem uma explicação pra ploriferação da espécie. Pra cada chato de plantão, tem um, dois, três ou mais babacas pra patrocinar a incoveniência. Sempre tem um bobo pra rir, um inocente pra acreditar e outro pobre coitado pra ser seu capacho e assim, garantirem o sucesso de seu reinado.
E eu, que sou meiga, fofa e educada, sorrio. Coloco meus fones de ouvido e sorrio. De vez em quando, dependendo da temperatura ambiente e do período menstrual eu até dou de leve, como quem não quer nada, uma risada ou outra mas claro, sem me esquecer daquele comentário irônico que o gente boa nunca vai entender. E assim a gente vai levando... torcendo pra que o fim de semana chegue logo e custe um pouco mais a passar.
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